domingo, 1 de maio de 2011

João Paulo II é proclamado Beato, o dia esperado chegou, diz Papa

Daniel Machado (enviado especial a Roma)
Leonardo Meira (da Redação no Brasil)



Paula Dizaró / CN Roma
A foto oficial de João Paulo II - tirada em 1995 - é exposta após ele ter sido proclamado beato
"E o dia esperado chegou! Chegou depressa, porque assim aprouve ao Senhor: João Paulo II é Beato! João Paulo II é Beato pela sua forte e generosa fé apostólica". Quando Bento XVI pronunciou essas palavras, a Praça de São Pedro estremeceu neste Domingo da Misericórdia, 1º de maio, data escolhida para a Beatificação do Papa polonês. Cerca de 1 milhão e meio de peregrinos dirigiram-se a Roma para fazer parte da cerimônia, uma das maiores da história da Igreja.

Após os ritos iniciais da Santa Missa, o Vigário do Papa para a Diocese de Roma, Cardeal Agostino Vallini, apresentou o pedido de Beatificação do até então Venerável Servo de Deus João Paulo II. Em seu pedido, o Cardeal lembrou João Paulo II como um homem que "mirava sempre o horizonte da esperança, convidando os povos a derrubar os muros das divisões".  Logo após, Bento XVI pronunciou a fórmula que tornou João Paulo II Beato da Igreja e, da mesma janela onde foi apresentado como Papa ao mundo, em 1978, foi desvelada a imagem oficial do novo Beato.

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.: NA ÍNTEGRA: Homilia de Bento XVI na Beatificação de JPII

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da Beatificação de JPII
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Bento XVI recordou que, embora a tristeza pela perda de João Paulo II fosse profunda no dia de sua morte, a sensação de que uma graça especial envolvia o mundo todo era ainda maior. "Já naquele dia sentíamos pairar o perfume da sua santidade, tendo o Povo de Deus manifestado de muitas maneiras a sua veneração por ele. Por isso, quis que a sua Causa de Beatificação pudesse, no devido respeito pelas normas da Igreja, prosseguir com discreta celeridade. E o dia esperado chegou! Chegou depressa, porque assim aprouve ao Senhor: João Paulo II é Beato! João Paulo II é Beato pela sua forte e generosa fé apostólica", exclamou.

O Santo Padre ressaltou que a bem-aventurança eterna de João Paulo II é a da fé, dom que recebeu do Pai para edificar a Igreja. Nessa perspectiva, também a Mãe do Redentor revela-se como ponto fundamental da vida e espiritualidade do Papa polonês. "Hoje diante dos nossos olhos brilha, na plena luz de Cristo ressuscitado, a amada e venerada figura de João Paulo II. Hoje, o seu nome junta-se à série dos Santos e Beatos que ele mesmo proclamou durante os seus quase 27 anos de pontificado, lembrando com vigor a vocação universal à medida alta da vida cristã, à santidade", explicou.


Montagem sobre fotos / AP
Papa preside Missa de Beatificação de seu Predecessor
As palavras memoráveis pronunciadas por João Paulo II na sua primeira Missa solene, na Praça de São Pedro - "Não tenhais medo! Abri, melhor, escancarai as portas a Cristo!" - foram vividas por ele em primeira pessoa. "Aquilo que o Papa recém-eleito pedia a todos, começou, ele mesmo, a fazê-lo: abriu a Cristo a sociedade, a cultura, os sistemas políticos e econômicos, invertendo, com a força de um gigante – força que lhe vinha de Deus –, uma tendência que parecia irreversível. Com o seu testemunho de fé, de amor e de coragem apostólica, acompanhado por uma grande sensibilidade humana, este filho exemplar da Nação Polaca ajudou os cristãos de todo o mundo a não ter medo de se dizerem cristãos, de pertencerem à Igreja, de falarem do Evangelho. Numa palavra, ajudou-nos a não ter medo da verdade, porque a verdade é garantia de liberdade. Sintetizando ainda mais: deu-nos novamente a força de crer em Cristo, porque Cristo é o Redentor do homem", salientou Bento XVI.

Por fim, o Bispo de Roma agradeceu a Deus também pela experiência de colaboração pessoal que teve longamente com o Beato Papa João Paulo II, já que foi chamado por Wojtyla como prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé ainda em 1982, somando 23 anos de amizade e colaboração.

"O meu serviço foi sustentado pela sua profundidade espiritual, pela riqueza das suas intuições. Sempre me impressionou e edificou o exemplo da sua oração. E, depois, impressionou-me o seu testemunho no sofrimento. A sua humildade profunda, enraizada na união íntima com Cristo, permitiu-lhe continuar a guiar a Igreja e a dar ao mundo uma mensagem ainda mais eloquente, justamente no período em que as forças físicas definhavam. Assim, realizou de maneira extraordinária a vocação de todo o sacerdote e bispo: tornar-se um só com aquele Jesus que diariamente recebe e oferece na Eucaristia. Feliz és tu, amado Papa João Paulo II, porque acreditaste! Continua do Céu – nós te pedimos – a sustentar a fé do Povo de Deus. Amém".

Ao final da celebração, Bento XVI, juntamente com os cardeais, bispos e concelebrantes, dirigiu-se em procissão ao interior da Basílica de São Pedro, para rezar diante do caixão de João Paulo II, que continua exposto para veneração.

Sem freio, invicto e campeão Estadual

Flamengo supera o Vasco, vence os dois turnos e leva o caneco do Carioca


Flamengo é o campeão estadual 2011 Flamengo é o campeão estadual 2011
Foi sofrido, foi nos pênaltis, mas foi. O Flamengo venceu o Vasco, levou a Taça Rio e sagrou-se campeão Estadual. O Rubro-negro venceu nas cobranças de penalidades por 3 a 1 e levantou dois canecos no mesmo dia. Thiago Neves, que tinha perdido sua cobrança na semifinal contra o Fluminense, foi quem fechou a partida.

Como era de se esperar, a partida começou nervosa. As duas equipes se respeitavam muito e as faltas foram se multiplicando. Com mais posse de bola do que o adversário, o Flamengo ditava o ritmo do jogo. Com uma proposta de manter todos os jogadores atrás da linha da bola, o Vasco só se arriscava nos contra-ataques.

Por ficar com a bola mais tempo que o Vasco, o Flamengo acabou criando as melhores chances de gol do primeiro tempo. Aos 22 minutos, Ronaldinho Gaúcho cobrou falta e, no segundo pau, Thiago Neves cabeceou sozinho, mas fraco, para fora.

Quatro minutos depois, uma linha de passes do Flamengo quase terminou em gol. Thiago Neves tocou para Ronaldinho, que segurou um pouco a bola e deu um belo passe para Deivid, na entrada da área. Esperto, o atacante tocou de primeira para Bottinelli, que chegava por trás da zaga vascaína. No entanto, também de primeira, o meia argentino chutou em cima de Fernando Prass, que fez boa defesa.

O Vasco arriscava em chutes por fora da área, mas nenhum deles levou perigo a meta do goleiro Felipe. Apenas em um momento, já aos 40 minutos, Diego Souza teve boa chance, em lance semelhante ao de Thiago Neves, mas também cabeceou fraco, para boa defesa do arqueiro rubro-negro.

Os dois times voltaram sem alterações para o segundo tempo e foi novamente do Flamengo a primeira chance. Bottinelli sofreu falta a poucos centímetros da grande área do Vasco. Ronaldinho pegou a bola para a cobrança, chutou bem, colocado, mas Fernando Prass fez outra grande defesa.

No entanto, depois do lance perigoso, a segunda etapa tomou o mesmo rumo da primeira. Muitas faltas e poucos lances de perigo deixaram a partida mais morna. Os dois treinadores tentaram modificar as equipes para vencer o confronto. No Flamengo, saíram Bottinelli e Deivid para a entrada de Fierro e Wanderley.

Apenas aos 34 minutos o Rubro-negro voltou a fazer Fernando Prass trabalhar. Rodrigo Alvim cortou uma bola na intermediária do Fla e ao mesmo tempo lançou Renato, na ponta esquerda. Ele avançou, entrou na área e chutou forte para boa defesa do arqueiro do Vasco.

Já prevendo a decisão por pênaltis, Luxemburgo resolveu colocar Fernando no lugar de Galhardo, passando Fierro a ocupar a lateral direita. Mas só deu tempo para Thiago Neves quase marcar um golaço, no rebote de um escanteio, no último lance de perigo do jogo.

Vieram os pênaltis e três cobradores do Vasco bateram para fora. Pelo Flamengo, Renato, Fernando e Thiago Neves marcaram.