segunda-feira, 14 de outubro de 2013

TJ dá prazo a Alerj para expor parecer sobre impeachment de Cabral

Para Pudim, autor da ação, a falta de decisão cria 'virtual instabilidade jurídica'
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Para Pudim, autor da ação, a falta de decisão cria 'virtual instabilidade jurídica'

Uma decisão proferida pelo desembargador Nagib Slaibi Filho na última semana obriga o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Paulo Melo (PMDB), a apresentar juízo de admissibilidade em face do processo de Impeachment contra o governador Sérgio Cabral. A ação que pede a cassação de Cabral por crime de responsabilidade foi apresentada pelo deputado Geraldo Pudim (PR) no dia 31 julho deste ano, um dia antes da volta dos trabalhos da Casa Legislativa após o recesso. O Tribunal de Justiça estipulou o prazo de 10 dias para apresentação de parecer. O prazo se encerra no próximo domingo (20/10).
O mandado de segurança impetrado pelo parlamentar argumenta haver "morosidade" no processo de análise do pedido de impeachment, no qual o parecer deveria ter sido apresentando, segundo art. 19 da Lei 1079/50 (Lei do Impeachment) na sessão subseqüente ao oferecimento da denúncia. De acordo com a Lei de Impeachment "a denúncia será lida no expediente da sessão seguinte e despachada a uma comissão especial eleita, da qual participem, observada a respectiva proporção, representantes de todos os partidos para opinar sobre a mesma".
"É muito conveniente que uma casa de maioria governista, como é o caso da Alerj, não profira nenhuma decisão sobre o processo de Impeachment do Governador. O fato de não haver juízo de admissibilidade impede que possamos fazer qualquer tipo movimento jurídico acerca do pedido de cassação. A morosidade, neste caso, é o motivador dessa virtual "instabilidade jurídica" e política. Digo virtual porque é momentânea", analisou o autor da ação.
O decisão fixou multa de 50 mil reais por dia caso o presidente da Alerj, deputado Paulo Melo(PMDB) não apresente parecer acerca do pedido de impeachment. 
ENTENDA O CASOAs denúncias de uso abusivo de aeronaves do estado pelo governador com requintes de luxo levantaram suspeitas acerca dos limites legais para utilização das mesmas.
O helicóptero Agusta AW109 Grand New, considerado o melhor helicóptero da categoria, é o preferido pelo governador. A aeronave foi adquirida pelo Estado em outubro de 2011 um para o Estado por US$ 9.732.934, o equivalente a R$ 15.233.015,00, à época, numa transação pouco transparente.
O consumo médio mensal do ‘Agusta’, usado pela família Cabral e seus empregados, é de 8.000 litros, o que significa dizer que, apenas com combustível, são gastos cerca de R$ 42.000,00  mensais, valor com o qual seria possível encher o tanque de 300 carros.

Postado por: VALQUÍRIA AZEVEDO

Fonte: ASCOM