terça-feira, 24 de abril de 2012

  • Prefeito de SFI, Beto Azevedo
Prefeito de SFI, Beto Azevedo

O prefeito de São Francisco de Itabapoana, Beto Azevedo (PMDB), não convenceu em sua defesa escrita apresentada à Comissão Processante (CP) instalada na Câmara Municipal para investigar as denúncias de fraudes e desvios de verbas do SUS (Sistema Único de Saúde). Para o presidente da CP, vereador Fabio Moreira das Neves (PSDB), o Fabinho do Estaleiro, a defesa do prefeito mais uma vez não acrescentou nada de novo aos fatos. “Ele não convenceu. O prefeito não apresentou nenhuma novidade, nenhuma alegação que possa convencer à Comissão Processante de que ele não é o responsável pelos fatos apurados pelos vereadores, a Polícia Federal e que a população tomou conhecimento. A defesa foi fraca e a mim não convence. Nada mudou em relação à situação anterior”, afirmou.
A CP agora terá cinco dias para ouvir a testemunha arrolada por Beto, caso do ex-secretário municipal de Saúde, Cristiano Salles Rodrigues. Outros cinco dias serão o prazo para que a CP ouça o prefeito em suas alegações finais e conclua o relatório final.
Paralelamente, a Câmara já tem outras informações da Polícia Federal. O próprio delegado Paulo Cassiano já adiantou que as investigações avançam e já foram constatados novos fatos sobre os escândalos em São Francisco de Itabapoana.
Uma vez cumprida essas últimas etapas, a Câmara convocará uma sessão extraordinária para votar o afastamento definitivo do prefeito por uma maioria de dois terços da composição do Legislativo.
No último dia 29 de março, Beto Azevedo foi preso em Campos, no edifício Luxor, durante a Operação Renascer. Foram também presos os ex-secretários de Saúde do municipio, Fabiano Córdova e Cristiano Salles, além dos donos da Clínica Fênix, Fábio Silva e Juliana Meireles. A clínica seria a principal beneficiária com requisições fictícias de exames laboratoriais e de imagem. Num mês, foram autorizados 35 mil exames, num município com pouco mais de 40 mil habitantes.  Beto e seus auxiliares ficaram presos por cinco dias no complexo da carceragem de Bangu 8, no Rio de Janeiro.

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