quarta-feira, 3 de março de 2010

Lula acredita que Dilma tem 'perspectiva enorme de vencer' eleições de 2010

Presidente defende que ministra não sai perdendo em simpatia.

Para ele, se oposição estivesse no poder, ela tentaria terceiro mandato.


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira (20), em entrevista a emissoras de rádio de Salvador, que a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, tem “perspectiva enorme de vencer” as eleições de 2010. O presidente avaliou o potencial do governo de transferir votos e defendeu que a candidata do governo não sai perdendo quando o quesito é simpatia.
Lula destacou a importância de que todos saibam que a ministra é a sua candidata ao governo e justificou a sua escolha: “Trabalho com a Dilma há oito anos e sei da competência gerencial e política dela. Ela está muito entrosada com tudo o que nós fizemos. Ela iria apenas colocar o estilo dela no governo e fazer as coisas novas que não conseguimos fazer”.
Questionado sobre as chances da ministra, o presidente afirmou que, se a simpatia for importante nas eleições, Dilma não sai perdendo. “Tem adversário dela que é muito menos simpático do que ela, então, se for por simpatia, ela já está eleita”, argumentou. Sobre quem seria o maior concorrente de Dilma para as eleições do próximo ano, Lula disse ser “difícil medir qual adversário”.
Lula afirmou que acredita no potencial que o governo tem de transferir votos para os candidatos que apóia. Ele disse achar mais difícil que isso seja feito para cargos regionais, como os de vereador e prefeito, pela proximidade que os candidatos têm com a população, mas defendeu o poder da sugestão do candidato à presidência.
Sobre um terceiro mandato, Lula afirmou acreditar que, se a oposição estivesse no seu lugar, teria pedido a extensão. "Se fosse o lado de lá que estivesse na situação em que eu estou, eles teriam levantado a tese do terceiro mandato", afirmou. “Eu acho que oito anos é de bom tamanho para um democrata”, completou o presidente.
Questionado se pretende assumir algum cargo em um organismo quando deixar a presidência, Lula disse não pensar em “nada internacional”. “Se eu puder contribuir com a eleição de um candidato, pra mim já é tudo o que eu quero na vida. E depois que eleger o candidato, se eu fechar a minha boca e não der palpite no governo dessa pessoa, é melhor ainda”, afirmou.

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